Serviço de quarto (+18)

Não se fazem mais moças como antigamente, afirmava Antônio logo após o coito, naquela ainda madrugada de quinta feira. Ele ao lado de um pequena moça, que não mais virgem era, sorrindo a Antônio e deslizando a mão pelo lençol na direção do bago murcho do homem, estava. Notou a mancha vermelha que surgia rente a sua, agora, explorada vagina. Antônio, que não era bobo, correu com o dedo pela borda daqueles tímidos lábios. Ela reprovou, olhou sério para Antônio, ele tratou de recuar, e a acalmou dizendo algumas coisas. Ela fez que sim com a cabeça, relaxou, Antônio então avançou até novamente àqueles lábios tímidos, em formação, com movimentos circulares, cada vez com mais vigor, Antônio mais parecia um jovem que acabara de descobrir os prazeres da carne. Não parecia que iria parar até um gemido inocente ouvir. A menina o soltou enquanto ao bago alisava. Da cabeça ao saco, subindo e descendo. As unhas, delicadamente pintadas, alguns desenhos bem bonitinhos, fez com que ela tomasse alguns cuidados.

A pequenina, que não parecia passar dos seus quinze anos enquanto Antônio, um velho conhecido da região, deva estar se aproximando do cinquentão, a viu a ponto de explodir novamente. Sedenta por mais um jato de porra, agora não mais apreensiva como antes, a menina tratou logo de subir em cima daquele velho barbudo, bafo de cachaça, dentes amarelos, mas cheio do dinheiro. Ajeitou o cabelo, se sentiu como a puta da novela das nove, olhou fundo para Antônio, ajeito o rabo ao pau do velho e sentou majestosamente, soltando um suspiro que mais parecia estar vindo de uma profissional. Antônio a agarrou pela cintura e só teve trabalho de acompanhar a jovem no seu, sobe e desce. Quando descia, Antônio a ajudava com uma certa força.

A porra ainda escorria daquela vagina enquanto a jovem tentava recusar um beijo de Antônio. Por fim, o velho desistiu e se espreguiçou na cama. Pra ela sobrou apenas o teto e depois de algum tempo, o ronco estranho do velho.

A menina estava ali a convite de Antônio, que se queixou a ela outro dia, dizendo que se sentia abandonado por todos e, principalmente pela família. Seus filhos faziam anos que não o visitava. Sua esposa jaz falecida. Alguns irmãos que sobraram, estavam levando a vida bem distante dali e procurava manter uma certa distancia dele. Ela, a jovem, se queixou do mesmo. E o pior, se queixava com os pais ao lado. Antônio, aumentava ainda mais suas lamentações. A jovem aos poucos, ia cedendo.

Mais tarde, alguns anos depois do ocorrido, a jovem foi expulsa de casa. Os pais religiosos ortodoxos frequentadores de uma igreja na mesma rua onde moravam, recusaram a presença daquela mundana dentro de casa. A jovem que já havia adquirido uma certa fama na vizinhança, tratou logo de pedir a Antônio um abrigo, pois vira e meche ele a chamava para uma noite da-que-las, e sempre que dizia isso, ele piscava o olho esquerdo enquanto deixava surgir no canto da boca, aqueles dentes amarelos.

Antônio não recusou, abriu as portas. Disse um Seja muito bem-vinda a encarando e ao passar, o velho ainda lascou um tapa na bunda empinada em razão do salto alto que a jovem usava. Ela sorriu. Jogou a mochila no canto do quarto e o resto daquela tarde se pode imaginar. Se imagina também como foram as outras tardes e tantas outras tardes, as noites nem tanto. A moça que agora era conhecida por Priscila, passava as noites na rua, no ponto que Antônio descolou para ela, o que acabou causando um fervor nas demais.

Priscila ficou famosa pela cidade e sua fama lhe trazia problemas. Estava ali fazia pouco tempo e já tinha clientes que as outras, umas mais velhas, cobiçava muito para que Antônio a apresentasse ao doutor. Mas não, era Priscila quem havia conseguido. E conseguido também, a raiva de algumas. Quem iria resistir a aquele anjinho, Antônio exaltava a moça quando as outras mulheres vinham reclamar. Vejam aquelas pernas, aqueles peitos, aquela bo-qui-nha, hum! Aquilo tem histórias pra contar, ele se espreguiçava na cadeira enquanto ouvia as outras baterem a porta, pisando alto de tanto raiva que possuía.

Priscila havia mudado, e bastante. Não mais era aquela criança criada no meio religioso. Era uma mulher. Mas não só isso, depois de alguns implantes, plásticas, academia e tudo mais de novo que surgia, Priscila havia ficado irreconhecível, só os que passara ao lado dela nessa transformação que conseguia reconhece-la. Os amigos antigos nem desconfiavam. Outro dia um deles contratou os trabalhos de Priscila. Ela chegou, tirou a roupa, eles transaram, ele pagou, ela saiu e nada, não a reconheceu em nenhum momento. Mas pelo menos saiu satisfeito.

Num outro dia, Priscila que despertou mais cedo que o de costume, se levantou da cama e percebeu que Antônio estava com uma outra pessoa na sala conversando. Priscila não gostava de ficar ouvindo por de trás das paredes, mas naquele dia fez. Chegou mais próxima e pregou o ouvido na parede. Ficou ali até ouvir um adeus e o bater da porta. Voltou pra cama, se ajeitou por debaixo dos cobertores e quieta pensou: Então há um cliente especial.

Antônio abriu a porta, Priscila se espreguiçou e tentando manter o olho fechado afim de parecer que havia acabo de acordar, notou Antônio um tanto pensativo. O que foi, ela perguntou, ele então deu as costas. Na sala, Priscila insistiu: O que foi, ele começou a contar. Priscila tentando não mostrar a euforia, apenas repetia, depois um tempo de conversa, mas é claro Antônio, eu sei ser discreta, o senhor mesmo sabe disso, pode ficar tranquilo, o entendo perfeitamente. E isso fez com que Antônio se tranquilizasse. Deu um telefonema e Priscila tratou de ir até o salão mais próximo para se produzir. Dar um trato no visual.

A noite chegou e Priscila foi ao encontro. Hoje não ao seu ponto de costume, mas a um outro lugar para esperar pelo cliente especial de Antônio. O pagamento era alto e Antônio tratou de tirar uma porcentagem gorda disso, mas isso não desanimou Priscila, pois mesmo assim ainda iria receber mais que costumava receber.

Ela na cama se ajeitou, ainda sozinha, tratou de usar o traje novo, uma lingerie preta que contrastava bem com sua pele branca, mas ela logo se encobriu com o vestido novo. Estava quente, abafado, Priscila se levantou e foi até a janela. A escancarou. Hoje todos iram ouvir os seus gemidos. E com o barulho que fez ao abrir a janela, Priscila não ouviu quando o cliente abriu a porta e só foi percebe-lo quando a agarrou por trás. Priscila se assustou. Ele não perdeu tempo – pois tempo ali, tinha um preço salgado – e a acariciou perdidamente. Priscila ao salto alto, se esfregava nele. Sentiu o homem tocando em seus seios, enquanto na bunda, o pau fazia volume. Ele a jogou na cama e no que ela virou, pode enfim ver a cara do cliente especial do Antônio. Ficou parado. Muda. Estátua. No popular travada. Ele tratou de abrir as pernas dela, e com elas longes, desceu com toda fome até a vagina de Priscila. Ela não conseguia fazer nada, olhava incrédula, enquanto o cliente ali, a chupando descontroladamente. Priscila não conseguia nem sentia a língua do homem dentro de si. Levou a mão até a boca, enquanto tinha os olhos arregalados. A respiração estava pesada, o coração parecia que iria voar a qualquer instante garganta a fora, e o homem lá, acho que estava acreditando que seria um truque da puta, algum charme que ele já estava começando a desconfiar. Um vento afasta a cortina de tom claro e Priscila vê o homem saindo de sua vagina, a olha no olho, já nervoso, olha aqui sua vadia, ele a ameaça, ou trata de fazer isso direito, ou… Ela deixa escapar uma lágrima, ou irei ter que fazer isso do meu jeito, Priscila não sabia o que dizer, e mais uma lágrima correu, e o que foi agora, vadia, ele perguntou, e ela não disse nada, não vai me dizer… a mais que filho da puta, eu pedi a mais experi… Pai, ela enfim se solta. Ele fica imóvel, sem entender, na verdade sem conseguir entender, o rosto já não mais tem o vermelho de mais cedo, empalideceu. Priscila não diz mais nada.

Toc, toc, toc e se ouve uma voz alertando ser o serviço de quarto, e o silêncio como resposta. Toc, toc, toc, serviço de quarto, vim trazer o vinho que havia pedido.

Uma resposta em “Serviço de quarto (+18)

  1. Isso que é dar de cara com o opressor hein? Pessoas que geralmente mais oprimem geralmente são as primeiras a faze-lo, isso no caso do pai de Priscila.A menina que por sua conta resolveu se tornar mulher, dona de sí própria,”independente” e acostumada com as pancadas e durezas da vida (sem trocadilhos) ficou muda e sem acreditar, que nem o próprio pai a reconheceria e muito menos o próprio pai, fosse se utilizar de tais serviços. É como vc repreender uma pessoa a vida toda, e essa pessoa sai de perto de você, e tempos depois você se torna uso daquilo pelo que repreendiam, mostra de um grave falso moralismo e falta de consideração.

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